quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Hábito de Poupar e Criar Reservas Financeiras

Você é do tipo de pessoa que procura reservar um pouco do que ganha para possíveis emergências? Já foi pego de surpresa por alguma situação inesperada ou perdeu uma oportunidade interessante na vida porque não tinha reserva financeira suficiente?
É bom se prevenir, pois a vida é cheia de incertezas e o mundo cada vez mais volátil. Estamos muito próximos de uma crise mundial onde o desaquecimento das economias pode trazer sérios prejuízos para a economia brasileira. E você está preparado?
Caso ainda não, sempre há tempo para começar!
O brasileiro sempre foi acostumado a conviver com a inflação que corrói o poder de compra das pessoas e por isso acostumou-se a usar seu dinheiro em consumo imediato para maximizar o aproveitamento do valor dos produtos que subiam a todo o momento. Desta forma, a cultura de criação de reserva não é um hábito de nosso povo, diferente dos povos de outros países de economia mais estável.
Porém as coisas estão mudando e como sabemos, emergências ocorrem quando você menos espera e, o melhor que você pode fazer é se preparar para estes casos que exigem algum dinheiro extra e o fundo de reserva é a solução ideal.
Emergências financeiras podem acontecer com a perda de um emprego, um problema de saúde, reparos na casa ou no carro ou alguma coisa com que você nunca sonhou. A última coisa que você pode querer é ser forçado a depender de cartões de crédito ou empréstimos cujos custos financeiros são exageradamente altos e proibitivos para fazer face a estes imprevistos.
Como começar?
Procure adequar o seu orçamento para que você não gaste 100% da sua renda. Defina um percentual, digamos 10% e coloque em seu orçamento como meta e gasto pré-definido e aplique em uma poupança ou um fundo de investimento.
Se você não tem um fundo de reserva ou acha difícil guardar todo esse dinheiro, o segredo é começar aos poucos. Você precisa se conscientizar de que se juntar dinheiro suficiente pra pagar as contas de um único mês já leva certo tempo, imagine de três ou seis meses se você perder sua fonte de renda. Se você estabelecer um objetivo pequeno e atingível, você terá uma chance maior de conquistá-lo.
Aplicando 10% de sua renda para seu fundo de reserva, em um ano você terá 1,2 salários e em 5 anos o equivalente a 6 salários fora a remuneração do dinheiro. Aquele ditado de nossas avós de que “de grão em grão a galinha enche o papo” é uma estratégia que dá certo neste caso.
Onde manter seu fundo de reserva?
Procure iniciá-lo em uma conta poupança, porque é uma maneira fácil e geralmente gratuita de fazê-lo. Nunca opte por deixar o dinheiro em casa, pois a tentação de usá-lo sempre virá e nunca você atingirá o seu objetivo. Quando sua conta crescer, você vai querer modificá-la para um tipo de investimento que renda mais juros, para que seu dinheiro trabalhe por você. Daí é uma boa opção verificar as opções de investimentos e aplicações em seu banco. Procure aplicar em fundos chamados conservadores pois o teu objetivo não é maximizar o rendimento, mas sim garantir o seu capital investido.
Nunca aplique em fundos atrelados a variação cambial ou mesmo a ações na bolsa que tem um perfil mais arrojado, podem dar melhor rendimento em certos períodos, porém embutem um risco desnecessário ao seu hábito de poupar. Não é recomendável aplicar em bolsa de valores também pelo mesmo motivo.
É importante que seu fundo de reserva esteja guardado em um lugar de fácil acesso, de onde você possa retirar seu dinheiro com rapidez se necessário.
06/10/11
Vanderlei Corral
34-9198.5957