terça-feira, 26 de julho de 2011

Classe C ganha 39,5 milhões de pessoas

A Classe C ganha 39,5 milhões de pessoas, diz estudo da FGV publicado recentemente.
É como se nesse período nós tirássemos da pobreza toda a Argentina, que tem 41 milhões de habitantes. Ou um pouco mais que duas vezes a população Chile, que tem em torno de 17 milhões. É um feito enorme e muito importante porque significa que todos esses brasileiros se juntaram a um contingente de cidadãos com mais condições, com acesso a saúde, educação, consumo e aos jornais disse a Presidente Dilma Rousseff ao comentar o assunto.
A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas revelou que, do início de 2003 até maio deste ano, 48,7 milhões de pessoas entraram nas classes A, B e C no Brasil, o equivalente a um crescimento de 47,94%. Apenas os novos integrantes da classe C somaram 39,5 milhões de neste período, uma elevação de 46,57%.
A classe C cresce porque a renda do brasileiro vem aumentando desde o fim de 2003, e com isto a desigualdade social vem caindo há 10 anos. Esses são fatores fundamentais para este cenário de crescimento sendo outro fator a estabilidade econômica que reduz a perda inflacionária das camadas mais pobres.
A pesquisa revela ainda que a renda do brasileiro cresce em proporções maiores que o Produto Interno Bruto do país, o que diferencia o Brasil de outros países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Outra pesquisa do instituto Data Popular, indica que os gastos da classe C aumentaram quase sete vezes entre 2002 e 2010, e que esse público responde por 41,3% do consumo no Brasil.
Só no ano passado, a nova classe média gastou R$ 864 bilhões com o consumo e se consolida não como uma fatia do mercado, mas sim, como um mercado inteiro. É uma nova classe com padrões de exigência de consumo que antes era despercebido pelos empreendedores.
A pesquisa descreve cinco dicas para aproveitar este potencial:
1 Entenda o que eles querem: Os especialistas garantem que a nova classe média quer se sentir incluída e prestigiada. Por isso, na hora de escolher onde comprar, eles vão buscar empresas que tenham produtos com qualidade adequada e preços que cabem no bolso. Lojas de rua são mais escolhidas do que as de shopping centers.
2 Aposte nas áreas certas: O aumento no poder de compra deste segmento da população favorece diversas áreas da economia, mas algumas áreas são mais propensas a lucrar. Com as mulheres puxando os gastos, educação e estética têm um grande potencial de crescimento.
3 Mais é mais: “A classe C quer cores, extravagância e fartura”. É assim que o diretor do Data Popular, Renato Meirelles, define a estratégia de marketing que as pequenas e médias empresas devem adotar para se aproximar deste público. Portanto, nada de economizar nas tintas na hora de se relacionar com o público.
4 Vá até o seu público: Ir até onde o consumidor está é uma das estratégias para aproveitar este movimento. De acordo com o Data Popular, o consumo cresceu muito mais na periferia do que no centro ao longo dos últimos cinco anos. Na média, as regiões mais afastadas de São Paulo consumiram 61,6% mais no período. No centro, a média de crescimento foi de 22,9%.
5 Desbrave o interior: Não é só nas capitais que a nova classe média ganha força. Muitas redes de franquias têm privilegiado as cidades do interior para crescer e ganhar novos mercados. Um dos principais motivos que levam as redes a explorar essas regiões é o ganho de capital e poder de consumo dos modares de cidades de menor porte, que estavam adormecidos até então.
A classe média representa hoje cerca de 100 milhões de habitantes, mais da metade da população.

Vanderlei Corral
Consultor Empresarial e Coach
Gestão Empresarial, Controladoria e Finanças